(um apólogo para crianças)
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Como era impiedosa a borracha e a
sua mania de desfazer as coisas.
D. Borrachuda, certo dia disse a
S. Lapisário:
– Não importa o que você escreva,
S. Lapisário, eu sempre poderei apagar. Não adianta insistir.
E S. Lapisário ficava muito aborrecido
com as atitudes da borracha, sempre destruindo o seu trabalho. Porém, um belo
dia, ele respondeu a ela dessa forma:
– Você pode até apagar o que eu
faço, mas nunca será capaz de construir nada. Porque não passa de uma invejosa.
A borracha, ouvindo aquilo,
ficou, por sua vez, muito triste, pois ela sabia que o lápis tinha razão. Ela
nunca poderia construir nada, apenas destruir o que os outros faziam.
Passado um tempo, a borracha
muito chateada com o lápis resolveu desaparecer. Estava muito desacreditada da
vida, achava-se inútil, um ser sem importância.
O lápis, por outro lado, estava
muito feliz, pois agora poderia fazer o que quisesse e ela não iria mais
apagar. E assim, pôs-se a escrever, desenhar, rabiscar tudo o que lhe passava
pela mente.
Um dia, S. Lapisário dedicava-se
a sua mais brilhante obra, realmente algo muito grande e maravilhoso. No
entanto, muito empolgado com a nova criação, o lápis acabou escorregando nos
papéis e cometeu um terrível erro. A sua obra seria perfeita, se não fosse
aquele erro, lamentou-se S. Lapisário.
O lápis sentia-se muito envergonhado,
pois ele andava se gabando para todos do seu novo trabalho e agora só o que queria
era escondê-lo. Quando o apontador ou o compasso passavam por ele zombavam do
lápis, questionando-lhe sobre a tal criação que não saia nunca. E assim o lápis
tornou-se infeliz novamente.
Até que, superando seu orgulho,
S. Lapisário resolveu mandar um recado à D. Borrachuda, pedindo-lhe desculpas e
solicitando sua presença, urgentemente. D. Borrachuda não hesitou. Quando soube
que o lápis precisava de sua ajuda, tratou de aparecer e resolveu logo o
problema. Sentir-se útil novamente, para ela, era uma honra, pois acreditou que
ninguém jamais precisaria dela.
O resultado foi que o trabalho do
lápis, concertado o erro, ficou belíssimo e todos admiraram sua perfeição. Era
um belo desenho de todos os seus amigos, o apontador, o compasso, a régua e até
mesmo a borracha. Não faltava ninguém. E logo abaixo, na assinatura havia o
nome de dois autores, S. Lapisário e D. Borrachuda, que pela primeira vez
haviam trabalhado em parceria.
Qual a moral
ResponderExcluirA moral da história é que não se deve querer ser melhor do que os outros pois podemos ser melhores juntos.
ResponderExcluirIsso e a pura verdade . Tem gente que quer ser o tal mas na verdade. Não e nada , a gente trabalha bem mais com outra pessoa trabalha muito melhor ...
ResponderExcluirNão perguntei
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